Um soneto
de José António Jacob
As almas simples são as almas raras,
De luz intensa e projeção pequena
Que nos circundam de maneira amena:
- Como são nobres essas almas raras!
São os espíritos das outras searas,
Que pela vida passam, numa plena,
E esplêndida energização serena,
De um vento pastoreando as nuvens claras.
O tempo passa, o tempo que não dorme!
E a vida andando, tarde sobre tarde,
Sem demover essa humildade enorme.
Gosto demais dessas criaturas boas
Que passam pela vida sem alarde:
- Como nos fazem bem essas pessoas!
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O soneto "Almas Raras", que acimo transcrevi, mostra
uma autêntica lição de vida e muito do caráter do homem
que o escreveu, a quem, há muito, vaticinei um lugar entre os maiores escritores do genero poetico.
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